OLINALDO MARTINS DA SILVA

Nascido de uma família muito humilde, o prefeito eleito de Sobrado é como um barco a vela que navega desbravando mares nunca antes navegados. Olinaldo Martins da Silva, que nasceu na sua pobre residência, como muitos que não oportunizaram certa qualidade de vida, nem de assistência alguma, no dia 02 de abril de 1977, sendo o sexto filho dos oito que tiveram o casal Laurinda Ana da Conceição e José Martins da Silva. Desde muito cedo, o menino Olinaldo sempre foi Léo. E Léo nunca teve uma vida fácil. Da mesma forma que seus pais, trabalhou na agricultura, tendo pouca oportunidade para estudar e só concluindo o Ensino Médio depois de adulto. Em 1995, Léo iniciou sua própria família ao lado de Iranilda Batista. Já no ano seguinte, seu filho Diego nasceu. Mas as dificuldades na agricultura se tornaram mais constantes e como tantos outros paraibanos, foi para o Rio de Janeiro tentar a sorte, em busca de algum emprego. Lá, aprendeu a arte da confeitaria, trabalhando ainda como recepcionista de grandes hotéis da orla carioca.

Ao retornar para a Paraíba, abriu um pequeno comércio em casa. No âmbito político, Sobrado, cidade recém emancipada de Sapé, vivenciava as disputas eleitorais entre dois grupos. O primeiro, encabeçado pela prefeita Luiza (PDT) e o segundo, encabeçado pela candidata derrotada em 1996 e 2000, Celia Melo (PMDB e PSDB, respectivamente). Em 2004, Luiza deixa a prefeitura de Sobrado e se lança candidata na cidade de Sapé, e seu vice-prefeito e primo, Zé de Bina, concorreria contra, mais uma vez, Célia Melo. Todavia, uma terceira via surge no cenário local. Essa pessoa é Cida de Geová, esposa do prefeito de Riachão do Poço, que tenta expandir sua influência no município vizinho. Na busca por aliados locais, Leo ver em Cida a oportunidade de amenizar os problemas enfrentados pela localidade de Campo Grande 3. Assim, em 2004, Léo se lança candidato a vereador pelo PTB, com o número 14.125 e obteve um total de 59 votos, numa campanha marcada pela disputa entre os dois grandes nomes locais. Com a vitória de Célia Melo (PSDB), no pleito de 2004, Leo passa a fazer parte da oposição.

E no ano de 2006, o bloco que elegeu Célia Melo se dividiu, criando um novo grupo político no município, encabeçado pela Vice-prefeita Márcia. Todavia, o grupo de Célia Melo inicia um processo de capitanear as lideranças que outrora, fazia-lhe oposição. E, em 2008, Sobrado teve três candidaturas: Celia Melo (PSDB), Márcia (PSB) e Andresson (PMDB), que ficou com o resto do grupo da ex-prefeita Luiza, e que Léo acompanhou. 2008 é um ano trágico para Léo. Durante o período eleitoral, seu filho, junto com alguns amigos, vai tomar banho de açude, e numa tragédia, acaba se afogando, gerando um impacto não só para a família, mas para toda a comunidade. Mas, é também em 2008, poucos meses depois da morte do filho, que Léo é eleito vereador de Sobrado com 179 votos. E a partir de sua vitória, inicia um astucioso e implacável trabalho social. O trabalho foi tão árduo que, no pleito de 2012, oposicionista, Léo consegue obter 508 votos, tornando-se recordista no município.

A quantidade de votos elevou ainda mais o compromisso com o trabalho e a dedicação ao povo de Sobrado. A continuidade do trabalho social e a expressiva votação o consagrou para concorrer ao cargo de vice-prefeito. Credenciado pela votação, Léo (PMBD) se coligou com o prefeito George Coelho (PSB) e concorreu ao cargo de vice-prefeito ao lado de George, dando-o uma expressiva vitória. Mesmo como vice-prefeito, seu trabalho não parou. E conseguiu consolidar seu nome para concorrer à prefeitura. Em 2020, seu nome foi aclamado pelo grupo do prefeito George Coelho (agora, no Cidadania). Mesmo com uma grande abstinência na eleição de 2020, a sociedade sobradense consagrou a vitória de Léo (Cidadania) e do vice-prefeito Joilson Pereira da Silva (Podemos), como o quinto prefeito eleito do jovem município.

fonte: Revista Políticas e Negócios